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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Relacionamentos


Os grandes relacionamentos que tive foram os que me renderam as melhores metáforas. Que me despertaram uma vontade constante de ser uma pessoa cada vez melhor e mais inteira. Que me deram colo e não conselho e beijo na boca quando o silêncio ainda era a melhor resposta. Algumas dessas pessoas se foram antes que eu pudesse lhes contar uma história bonita e eu chorei feito menina. Outras ficaram até descobrir que uma caixa de pêssegos era o melhor presente que eu poderia ganhar no meio de uma tarde triste. Outras ainda, me cobraram respostas demais e eu só sabia que nunca aprendi a andar de perna de pau porque tinha medo de altura (O que por um lado pode ser também resposta para várias outras coisas). Mas todas essas pessoas me desenvolveram e isso ficou comigo; são minhas porque faziam parte do meu potencial amoroso e elas vieram só pra me conduzir ao melhoramento do meu amor. Hoje o meu grau de exigência aumentou muito porque aprendi que dar amor não é a mesma coisa que dar carência. Por isso fico sozinha pelo tempo que for necessário para ter novamente essa sensação de ‘encontro’. Abandonei um monte de certezas, recuso sem pudor algumas regras e desrespeito várias vezes as placas de aviso de perigo. Me divirto muito ou sofro, mas tenho cada vez mais faíscas nos olhos por viver as coisas em sua totalidade, sem recusar experiências e aproveitando diversas possibilidades. O que posso dizer é que existem na vida pessoas sedutoras e seduzíveis por quem nos apaixonaremos ‘definitivamente’ todos os dias e que amaremos ‘para sempre’… Hoje!
Agora, tem um lado muito romântico meu que diz que a ‘tal pessoa’ virá e enroscará uma margarida nos meus cabelos, fazendo pousar no meu rosto o sorriso de um beija-flor e plagiará Neruda sussurrando ao pé do ouvido: ‘Quero fazer com você, o que a Primavera fez com as cerejeiras’.

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