Eu não sou todo mundo

Acreditem, eu adoro feijão com arroz e pão na chapa, mas na minha vida eu prefiro incrementar mais, prefiro saber que do outro lado do muro existe todo um mundo que eu ainda preciso alcançar, o horizonte é grande e eu também. Adoro a simplicidade das coisas, mas às vezes gosto de ter que pensar na complexidade de toda a causa, gosto de quebrar a cabeça com quem quebra de vez meus paradigmas. Vivo em um mundo que já estava aqui antes de eu nascer, mas gosto de saber que imprimi nele minha própria história , meu próprio jardim do éden. Eu adoro uma clça jeans, uma minissaia e uma camiseta e também não gosto das dores que os sapatos altos em prol da beleza me causam, ser bonita pode ser simples todos os dias. Me jogar na cama depois de um longo dia me faz sentir em casa, mas uma bela esticada para sorrir com os amigos chega a me honrar. Aquele boteco de ponta de esquina, estende um tapete vermelho a cada ‘convidado’ que entra, inclusive sou um deles. Eu queria ser mais atleta, mas uma bela preguiça quase sempre me cai tão melhor, mas luto contra isso, já basta essa minha cara de sono que emite provas contra mim. Eu já quis ser outra pessoa, mas sempre me lembraram do quanto eu sou, neste corpo, com esses olhos, sorriso e memórias e fui remetida a toda e incrível sorte de não ser um outro alguém e então agradeci. Ah sorte, você me vem sempre que não sei o que está pela frente, quando não quero saber o que reserva a vida, por que, afinal, o bom mesmo é você chegar de surpresa e ser encaixado na última vaga que restou. Eu quero um amor, todo mundo quer, mas me arrisco a dizer NÃO SOU TODO MUNDO, então não me venha com qualquer coisa, por que qualquer coisa eu peço quando eu não sei o que pedir. Não existem muitas de mim por aí, não existem muitos de ninguém por aí, eu não quero regras, então não me venha com jogos, mas também não quero hoje comer feijão com arroz, no amor eu prefiro nem comer, prefiro mesmo é beber até a última gota e se tiver que me lembrar no outro dia que seja sem ressaca.